Diálogo: um bem a ser alcançado

É necessário a compreensão para a prática do diálogo entre os cristãos e religiões. É preciso aprofundar o conhecimento junto às crianças, os adolescentes, os jovens, os adultos e idosos, através de uma catequese bem orientada para atingir um objetivo sadio.

Possamos todos; sacerdotes, religiosos, educadores, catequistas, dirigentes de comunidades e agentes de pastoral, alicerçar o nosso esforço no reto caminho da educação da Fé, seguindo os subsídios doutrinários através dos documentos oficiais em conformidade com as diretrizes da Santa Sé.

Se faz urgente saborear e acolher com alegria a sabedoria do ensino correto, e transmitir as gerações futuras, a luz e a beleza do diálogo entre cristãos e religiões.

É preciso um diálogo esclarecido, transparente consciente, que leve para a verdade, a justiça, ao amor. Não podemos brincar de sermos filhos de Deus se não temos a Deus como Pai de todos e recusamos o tratamento fraterno a homens e mulheres que professam uma Fé diferente da nossa.

Não podemos eliminar sobre qualquer pretexto ou justificação o fundamento bíblico que revela que todos, homens e mulheres, independente de raça, cor, classe social ou religião traz em si a marca indelével de ser imagem e semelhança do Deus Criador.

É necessário estabelecer de maneira visível nesta terra, que todos somos filhos do Pai que está no céu.

O diálogo competente, amoroso, estabelece vínculos de paz fraterna com todos os homens. O diálogo pressupõe sempre o desejo de se aproximar e se conhecer reciprocamente, de se respeitar e aprofundar a arte do encontro. É necessário perscrutar o mistério do encontro entre os diferentes na busca da unidade tão querida, rezada, pedida por Jesus Cristo (Jo 17, 21-23)

É condição indispensável para o diálogo, nós católicos, darmos o importante passo, passarmos da religião do ataque, para a religião do amor!

O Concílio Vaticano II indicou o caminho a seguir, na promoção da Fraternidade Ecumênica (Unitatis Redintegratio) e do Diálogo Inter-Religioso ( Nostra Aetate), nos resta percorrer essa estrada.

Para a Glória de Deus Pai, é necessário sermos fiéis aos que foi decretado e promulgado pelo Concílio sobre as relações da Igreja com as demais confissões religiosas.

É importante, é urgente um ensino preciso, objetivo e rigorosamente exato sobre o Diálogo Ecumênico e inter-religioso para que possamos apreciar e amar também, os diferentes de nós. “Deus não faz acepção de pessoas”(Rom 2,11)

É preciso criar um clima de amizade, confiança, proximidade.

Que o Reino a ser construído não seja visto só como uma perspectiva escatológica, mas sim como  sinais visíveis de diálogo fraterno, conforme a verdade do Evangelho e o Espírito de Cristo.

Vamos compreender o diálogo religioso com força de Fé e Vida, na esperança de deixarmos para traz preconceitos, intolerâncias, desrespeitos, guerras religiosas históricas que são feridas enormes que continuam sangrando e precisam, pelo bálsamo do amor e da paz, ser cicatrizadas.

Diácono Adonis Souza Pinto
Exigência do Diálogo

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