Diácono Salvador Bernardo, que realizou seus estudos teológicos na Diocese de Taubaté, é ordenado padre em Moçambique (África)

No último dia 2 de janeiro, às 9h da manhã, horário de Nampula, Moçambique (África), foi ordenado presbítero o Diácono Salvador Bernardo Antônio, por imposição das mãos e oração consecratória da Igreja, ministrada pelo bispo auxiliar da Arquidiocese de Nampula, Dom Ernesto Maguengue.

  A ordenação procedeu-se na cidade sede da Arquidiocese, Nampula, na Sé Catedral Nossa Senhora de Fátima, e contou com a presença de membros do clero local, de religiosos, de familiares e do povo de Deus. Na mesma Celebração Eucarística, junto com o Pe. Salvador Bernardo, foram ordenados também mais dois presbíteros para aquela Arquidiocese, o Pe. Serafim João Muacua e Pe. Mucuambe Raquele Antônio.

O neossacerdote, Pe. Salvador Bernardo, recebeu como primeira missão e incumbência pastoral, a função de administrador paroquial e reitor interino do Santuário Santa Maria Mãe do Redentor, no distrito de Meconta, (aproximadamente a 70 km da cidade de Nampula), paróquia onde exerceu, ultimamente, seu estágio pastoral como seminarista e também como diácono.

Respondendo ao jornal “O Lábaro”, Pe. Salvador Bernardo, expressou seus sentimentos após ser ordenado padre para a Igreja e sua diocese: “Sinto-me feliz e realizado por ter me tornado sacerdote, pois foi meu sonho de criança e sempre senti o chamado de Deus. A ordenação sacerdotal para mim significa começo de uma missão no anúncio do Evangelho e no cuidado aos excluídos marginalizados.”

A Diocese de Taubaté teve a oportunidade de acolher o Pe. Salvador Bernardo, colaborar e investir em sua formação em todo o período dos estudos teológicos, entre os anos de 2015 a 2020. Nesse período, residindo no Seminário Diocesano Santo Antônio de Taubaté, ele realizou trabalhos pastorais nas paróquias da diocese, e cursou teologia na Faculdade Dehoniana.

Pe. Salvador Bernardo partilhou como compreende o período formativo em que esteve na Diocese de Taubaté e a importância desse tempo em sua caminhada vocacional: “Na minha formação, a Diocese de Taubaté teve uma grande importância. Ela ajudou-me no seguimento a Jesus com experiências lindas de vivência da fé e de encontros pessoais com Cristo. As experiências pastorais nas paróquias, o estudo, as formações, os constantes diálogos com o bispo diocesano, foram muito bons e importantes para a minha formação. Com toda essa experiência vivida, fomos aprendendo a ser padres, com conversas com o bispo diocesano, com os padres das paróquias e tendo um contato direto com o povo.  Nesse contato com o povo, fiz também muitas amizades que carrego comigo.”

Junto com o Pe. Salvador Bernardo, foi acolhido também pela Diocese, na ocasião, o ex-seminarista Marcos Abudo Djodjo, que após completar toda sua formação teológica, de igual modo com suporte da Diocese de Taubaté, retornou para sua Arquidiocese local em Nampula, e após discernimento vocacional, encaminhou sua vivência de fé e participação na Igreja através do laicato.

A Diocese de Taubaté, no passado, já teve oportunidade de investir e colaborar na formação de outros seminaristas de Moçambique.  Da Diocese de Pemba, também situada no regional da Arquidiocese de Nampula, entre os anos 2000 a 2003, foram acolhidos os seminaristas Eugênio e Beato Cornélio, que após terminarem seus estudos na Diocese de Taubaté, ambos foram ordenados padres em sua terra natal. Infelizmente, no ano de 2011, Pe. Eugênio veio a falecer por complicações de pneumonia. Já o Pe. Beato Cornélio, exerce hoje seu ministério como pároco, na cidade de Montepuez, província de Cabo Delgado, Moçambique.

Pe. Beato Cornélio partilhou como foi sua experiência vocacional no período em que residiu na Diocese de Taubaté: “Foram momentos, anos produtivos. Aprendi muito com o povo brasileiro no que diz respeito a sua fé. E também fui bem acolhido no meio dos sacerdotes, seminaristas e famílias. A abertura vossa fez com que eu me sentisse em casa. A teologia que aprendi, fez-me compreender o quanto eu seria um instrumento para o povo moçambicano. Foram momentos de aprender a ser criativo e comunicativo dentro da liturgia”.

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