Dom Wilson Luís Angotti Filho é o novo Bispo de Taubaté

O papa Francisco acolheu neste dia 15 de abril o pedido de renúncia do bispo de Taubaté (SP), dom Carmo João Rhoden, e nomeou para o cargo dom Wilson Luis Angotti Filho, transferindo-o da sede titular de Tabe e da arquidiocese de Belo Horizonte (MG), onde atua como bispo auxiliar.

ORIGEM E ESTUDOS: Nasceu em Taquaritinga, 5 de abril de 1958, filho de Iracy Fernandes Angotti (professora) e Wilson Luis Angotti (advogado e bancário). Primeiro filho do casal, tem ainda mais cinco irmãos.Foi batizado e na Matriz de São Sebastião e nesta mesma igreja foi ordenado sacerdote aos 19 de dezembro de 1982 pela imposição das mãos do Revmo. Dom Luiz Eugênio Peres. Dom Wilson estudou filosofia no Seminário Diocesano de São Carlos e teologia no seminário de Ribeirão Preto. Estudou ainda na Faculdade Pontifícia Nossa Senhora da Assunção, em São Paulo e foi concluir mestrado em Teologia Dogmática na Pontificia Universidade Gregoriana em Roma, permanecendo lá pouco mais de 2 anos.

ATIVIDADES NA DIOCESE DE JABOTICABAL:

Foi vigário paroquial nas Paróquias de São João Batista e Nossa Senhora Aparecida, de Bebedouro (SP), coordenador diocesano da Pastoral Vocacional. Dom Wilson integrou as Equipes de Formação do Seminário, do Conselho de Presbíteros e Colégio de Consultores. Foi professor no Centro de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto, no Instituto de Teologia Nossa Senhora do Carmo, em Jaboticabal, e no Instituto Superior de Teologia da Arquidiocese de Brasília. Também foi assessor diocesano da Catequese, coordenador diocesano de Pastoral e pároco da Paróquia São Judas Tadeu, na cidade de Jaboticabal (SP).

ATIVIDADES NA CNBB: Entre 2007 e início de 2011, dom Wilson foi assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), além de integrar o Instituto Nacional de Pastoral (INP) e o Conselho Editorial das Edições CNBB. Atualmente é membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé, da CNBB.

NOMEAÇÃO E SAGRAÇÃO EPISCOPAL: Dom Wilson foi nomeado bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte pelo Papa Bento XVI no dia 4 de maio de 2011. Recebeu a ordenação episcopal no dia 1º de julho do mesmo ano.

CONDECORAÇÃO: No dia 26 de outubro de 2012, recebeu do Governo de Minas a Medalha Santos Dumont, considerada a segunda condecoração mais importante entre as oferecidas pelo Estado, a pessoas que de alguma forma prestaram serviços importantes à sociedade.

MINISTÉRIO NA ARQUIDIOCESE DE BELO HORIZONTE:

A Dom Wilson, bispo referencial da Região Episcopal Nossa Senhora da Conceição, que abrange nove municípios da região metropolitana, cabia a coordenação, acompanhamento e orientação da ação evangelizadora e pastoral, bem como o funcionamento e a infraestrutura da Cúria Regional. Está em permanente contato com os padres, religiosos e comunidade de fiéis para escuta, orientações e avaliações.

Competia ainda a Dom Wilson a presidência dos Conselhos Pastoral Regional, Presbiteral Regional, Pastoral de Forania, Pastoral Paroquial, Paroquial de Administração e Pastoral de Comunidade na Região Episcopal. Aqui presidia também a articulação do Núcleo de Estudos Sociopolíticos (Nesp) nas cidades da Região e acompanhava a pastoral das unidades da PUC Minas, do Colégio Santa Maria (CSM) e de outras entidades vinculadas presentes nesta Região Episcopal. Discute e define com as instâncias competentes provisões e transferências.

Era ainda sua atribuição o acompanhamento pastoral do Centro de Evangelização da Vila Fátima, em Ribeirão das Neves, com importante trabalho do anúncio do Evangelho e apoio para pessoas em situação de risco social. Participava do processo de construção da Catedral Cristo Rei, bem como acompanhava processos e projetos administrativos, financeiros e obras do Departamento de Projetos Construção e Manutenção (DPCOM). Também orientava os trabalhos da Secretaria Geral de Relações Administrativas (SGRA), da Secretaria Geral de Relações Eclesiais (SGRE) e da Chancelaria, do Comitê Gestor da Presidência (CGP) e entidades vinculadas e integrava ativamente o Conselho Arquidiocesano para a Campanha Faço Parte, importante instrumento de evangelização da Arquidiocese de Belo Horizonte.

Dom Wilson, como bispo auxiliar de Belo Horizonte vem, conforme último relatório que temos, de uma região metropolitana que compreende 81 paróquias, com 477 comunidades, 48 casas religiosas, 1.600.000,00 habitantes.

Aos 15 de abril de 2015 foi nomeado pelo Santo Padre o Papa Francisco 7º Bispo Diocesano de Taubaté.

BRASÃO DE ARMAS DE DOM WILSON

DESCRIÇÃO:

O brasão episcopal é caracterizado pelo chapéu com doze borlas pendentes, em cor verde. Abaixo a Cruz Pastoral dourada e sobre ela o escudo com os elementos que identificam cada bispo. Especificamente, este escudo, possui fundo azul sobreposto por uma cruz dourada, que o divide em quatro campos. No campo superior esquerdo, a flor de liz e, no inferior, um lírio do campo. À direita, perpassando e unindo os dois campos, doze chamas que partem do alto e chegam até embaixo. No centro da cruz destaca-se um coração. Abaixo do escudo, um listel prateado traz a inscrição “Cor Unum” (“Um só coração”).

SIMBOLOGIA:

O chapéu simboliza Jesus Cristo, cabeça da Igreja, e seus doze apóstolos. A cruz pastoral dourada recorda que o ministério do bispo está em referência e continuidade com o ministério pastoral de Cristo.

O Escudo tem como fundo a cor azul que evoca o infinito e o próprio Deus. No campo superior esquerdo, a flor de liz faz referência à Nossa Senhora, que sob os títulos respectivos: do Carmo e da Boa Viagem é Padroeira da Igreja Diocesana de Jaboticabal, da qual o novo Bispo é oriundo e também da Igreja Metropolitana de Belo Horizonte, onde ele inicia a missão episcopal.

O lírio, no campo esquerdo inferior, recorda São José, guardião da Sagrada Família e patrono de toda a Igreja. No centro do brasão, o coração é referência ao Sagrado Coração de Jesus, em cuja solenidade litúrgica realizou-se a Ordenação Episcopal. Ele é também uma referencia à caridade pastoral que deve caracterizar o bispo no exercício de seu ministério pastoral.

A cruz dourada que perpassa todo o brasão simboliza o trono glorioso de Cristo e a redenção que Ele nos permitiu através de sua morte e ressurreição. O anúncio da salvação realizada por Cristo deve chegar a todos e a cruz, indicando os quatro pontos cardeais, recorda a universalidade da missão da Igreja. As doze chamas dispostas de alto a baixo no brasão recordam-nos que a força vem do alto. Elas simbolizam os doze apóstolos, dos quais os bispos são sucessores. Intimamente unidos a Cristo e animados pelo Espírito Santo eles são enviados pelo próprio Cristo como continuadores de sua missão.

O listel prateado traz a inscrição latina “Cor Unum” que é o lema assumido pelo novo bispo. Esta expressão bíblica é tomada dos Atos dos Apóstolos 4,32. É uma referência afetuosa de dom Wilson à Taquaritinga (SP), sua cidade natal, que ostenta, em seu brasão e hino, a mesma expressão. Ela foi escolhida pelo Cônego Lourenço Cavallini, antigo pároco do local, que batizou esse que é o primeiro padre e primeiro bispo ordenado na Cidade.

O conjunto todo expressa a ideia de Igreja em comunhão. A partir do mistério pascal de Cristo, nasce a Igreja, que por Ele foi querida e preparada. A Igreja de Cristo se manifestou ao mundo no dia de Pentecostes e tem os doze Apóstolos como seu fundamento. Todos os membros da Igreja, tanto os que peregrinam neste mundo como os que já estão na glória, unidos à Nossa Senhora e a São José, constituem com Cristo um só coração.

Fonte: Arquidiocese BH e Programa Retratos da Catedral de BH

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