Era o dia 12 de junho desse ano, véspera da posse do novo Bispo de Taubaté. Dom Wilson acabara de chegar de viagem, em companhia de seus pais, para tomar posse como Bispo Diocesano de Taubaté, em cerimônia que ocorreria na Catedral de São Francisco das Chagas, no dia seguinte.
Foi quando me apresentei na Residência Episcopal e, com o objetivo de entregar ao Senhor Bispo um exemplar da Folha de Ecologia da Paróquia Nossa Senhora da Boa Esperança, de Caçapava, que, na edição de abril–maio–junho de 2015, dava as boas vindas ao novo Bispo da Diocese de Taubaté.
Com a devida autorização de Dom Carmo e aquiescência de Dom Antônio, ali presentes, passei a aguardar a chegada de Dom Wilson, que já estava na cidade, mas tinha saído para um breve compromisso na Cúria Diocesana, enquanto seus pais se encontravam naquela casa. Em agradável conversa com seus genitores, fui informado sobre o árduo trabalho que o ilustre filho desenvolveu, inicialmente, por ocasião de seus estudos, em Roma, na Pontifícia Universidade Gregoriana, até sua ordenação sacerdotal, seguida da episcopal, antes da vinda para esta Diocese.
Logo após, chegou Dom Wilson, que tive a satisfação de conhecer e com quem, por alguns momentos, tive a felicidade de conversar, ali, junto de seus pais.
Na oportunidade, relatei a Dom Wilson que, como ele, também tivera a felicidade e a honra de me hospedar no Pontifício Colégio Pio Brasileiro, de Roma, e de me formar em Filosofia e Teologia, na Universidade Gregoriana da Cidade Eterna, embora, pelos desígnios do Altíssimo, não tenha chegado à ordenação sacerdotal.
Apresentei-lhe, então, a Folha da Pastoral de Ecologia com os votos de boas vindas, ocasião em que, também, lhe dediquei o livro, de minha autoria, “Singrando os Mares Rumo à Cidade Eterna”, um histórico dos meus tempos passados em Roma e no Velho Mundo, com um relato sobre o Concílio Vaticano II e sua atualidade, que serviu como “Comemoração e Homenagem do 50º Aniversário do Concílio Ecumênico Vaticano II”, iniciado no dia 11 de outubro de 1962.
O bispo, ao folhear o livro, lembrou os bons tempos em que, com alegria, morou no Pio Brasileiro e ali estudava as lições recebidas, diariamente, na Universidade Gregoriana, registrando, em seu currículo, Mestrado em Teologia Dogmática pela referida Universidade.
Saí daquela visita a Dom Wilson com a convicção de haver identificado, em sua pessoa, o bom e acolhedor pastor do Evangelho, ora responsável pela Igreja de Taubaté, que demonstrou, em um simples gesto de acolhida, toda a grandeza de seu coração de pastor, atitude esta, também, sempre presente, por sinal, em Dom Epaminondas Nunes D’Ávila e Silva, o primeiro Bispo desta Diocese, que se prolongou em seus sucessores, chegando até aos mais recentes, Dom Antônio Afonso de Miranda e Dom Carmo João Rhoden, todos bons e acolhedores pastores da Igreja de Deus.
Geraldo Ferreira Lanfredi
Fonte: O Lábaro – outubro/2015
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