Papa Francisco e pede aos fiéis que “intensifiquem” a oração neste ano de 2024, no Angelus do domingo, 21 de janeiro de 2024, o quinto domingo da Palavra de Deus, após a catequese, o Papa lembrou aos 20 mil fiéis e peregrinos presentes na Praça São Pedro que “os próximos meses nos levarão à abertura da Porta Santa, com a qual iniciaremos o Jubileu.
Em preparação ao Jubileu de 2025, o Santo Padre instituiu que 2024 seja o Ano da Oração, as Dioceses são convidadas a promover momentos de oração individual e comunitária. A proposta é de “peregrinações de oração” rumo ao Jubileu ou itinerários de escolas de oração com etapas mensais ou semanais, presididas pelos bispos, para envolver todo o Povo de Deus.
Para viver este ano da melhor forma, o Dicastério para a Evangelização publicará uma série de “Notas sobre a oração”, para colocar novamente no centro a relação profunda com o Senhor, através das muitas formas de oração contempladas na rica tradição católica. A série, mas também todo o Ano da Oração, foi apresentada no dia 23 de janeiro, na Sala de Imprensa da Santa Sé, por dom Rino Fisichella, pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização (Seção para as Questões Fundamentais da Evangelização no Mundo) e por monsenhor Graham Bell, subsecretário, responsável pela Secretaria, do mesmo Dicastério.
Na coletiva de imprensa, dom Rino Fisichella e dom Graham Bell enfatizaram a dimensão espiritual do evento jubilar, da qual a oração é uma condição essencial.
“2024 será, portanto, um ano de preparação para o Jubileu que está prestes a começar e um ano durante o qual o aspecto espiritual do evento do Jubileu, que vai muito além de qualquer forma necessária e urgente de organização estrutural, deverá ser mais claramente evidenciado”.
Dom Fisichella enfatizou no início da coletiva de imprensa que o Jubileu não é apenas os grandes canteiros de obras que afetam a cidade, não é apenas a organização de uma série de eventos, mas é um momento que deve enriquecer espiritualmente “a vida da Igreja e de todo o Povo de Deus, tornando-se um sinal concreto de esperança” e, para isso, deve ser preparado e vivido “nas próprias comunidades com aquele espírito de expectativa típico da esperança cristã” e o Ano de Oração 2024 “vem corresponder plenamente a essa necessidade”, expressou Dom Fisichella.
“Jubileu” é o nome de um ano particular: parece derivar do instrumento que se usava para indicar o seu início; trata-se do yobel, o chifre do carneiro, cujo som anuncia o Dia da Expiação (Yom Kippur). Esta festa recorre a cada ano, mas assume um significado especial quando coincide com o início do ano jubilar. Encontramos uma primeira ideia disto na Bíblia: o ano jubilar tinha que ser convocada a cada 50 anos, já que era o ano “extra”, a mais, que se vivia cada sete semanas de anos (cf. Lv 25,8-13). Ainda que fosse difícil de realizar, foi proposto como ocasião para restabelecer uma correta relação com Deus, entre as pessoas e com a criação, e implicava a remissão de dívidas, a restituição de terrenos arrendados e o repouso da terra.
Citando o profeta Isaías, o evangelho segundo Lucas descreve desta forma também a missão de Jesus: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque Ele me ungiu para anunciar a boa nova aos pobres. Enviou-me a proclamar a redenção aos cativos e a vista aos cegos, a restituir a liberdade aos oprimidos, a proclamar o ano da graça do Senhor” (Lc 4,18-19; cf. Is 61,1-2). Estas palavras de Jesus tornaram-se também ações de libertação e de conversão no quotidiano dos seus encontros e das suas relações.
Bonifácio VIII em 1300 proclamou o primeiro Jubileu, também chamado de “Ano Santo”, porque é um tempo no qual se experimenta que a santidade de Deus nos transforma. A sua frequência mudou ao longo do tempo: no início era a cada 100 anos; passou para 50 anos em 1343 com Clemente VI e para 25 em 1470 com Paulo II. Também há jubileus “extraordinários”: por exemplo, em 1933 Pio XI quis recordar o aniversário da Redenção e em 2015 o Papa Francisco proclamou o Ano da Misericórdia. A forma de celebrar estes anos também foi diferente: na sua origem, fazia-se a visita às Basílicas romanas de São Pedro e São Paulo, portanto uma peregrinação, mais tarde foram-se acrescentando outros sinais, como a Porta Santa. Ao participar no Ano Santo, vive-se a indulgência plenária.
Com informações do Vatican News e iubilaeum2025.va