Pelos doentes terminais: cuidado e dignidade na fase final da vida

O Papa Francisco pede que “rezemos para que os doentes na fase terminal das suas vidas, e as suas famílias, recebam sempre os cuidados e o acompanhamento necessário, tanto do ponto de vista médico como humano”.

O doente em fase terminal é aquele no qual se esgotou as possibilidades de resgate das condições de saúde e a proximidade de morte próxima parece inevitável e previsível. Determinar essa terminalidade nem sempre é fácil.

Dizer que os recursos de cura se esgotaram não significa que não há mais o que fazer. Nessa fase existe um trabalho multidisciplinar que se chama cuidados paliativos que significa procedimentos de alívio da dor, diminuição do desconforto, que o paciente tenha alguém que lhe acompanhe e garantir que morra com dignidade.

Os doentes terminais podem viver dias, semanas, meses ou às vezes anos. O sofrimento tem de ser cuidado em suas quatro dimensões fundamentais: a) dimensão física; b) dimensão psíquica; c) dimensão social; d) dimensão espiritual.

A dignidade da pessoa humana vai da concepção até a morte natural. O doente terminal necessita que seus últimos preciosos dias de vida sejam humanizados. A ação de cuidar deve promover o bem-estar físico, cuidando de sua dor e sofrimento; bem-estar mental, ajudando-o a enfrentar suas angústias e inseguranças; o bem-estar social garantindo suas necessidades socioeconômicas e relacionais de ternura e o bem-estar espiritual, pelo apoio nos valores de fé e esperança.

Cuidar de forma digna do doente terminal significa respeitar sua integridade de pessoa, garantindo que suas necessidades básicas sejam atendidas. Os cuidados paliativos devem ser melhor conhecidos, desenvolvidos e valorizados no mundo. Cerca de 40 milhões de pessoas no mundo precisam de cuidados paliativos anualmente.

A vida humana tem uma sacralidade que significa que a pessoa, independentemente do estado de saúde, tem um valor e não deve ser utilizada como meio e sim tratada com dignidade. A vida adquire seu valor enquanto é vista como um dom de Deus.

O doente em sua fase final de vida precisa viver essa fase da vida em paz, no aconchego com seus familiares, com dor aliviada e sofrimentos espirituais cuidados. Vivenciar a fase final da vida em paz e serenidade.

Prof. José Pereira da Silva

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