Papa aos jovens cubanos: “não parem de sonhar”

Havana (RV) – O Papa Francisco se encontrou com os jovens no final da tarde deste domingo, (20/9) no Centro Padre Félix Varela de Havana. No seu discurso improvisado, e sob uma chuva fina, o Papa disse: “Não sei se em Cuba se usa a palavra curvar-se, é isso o que eu lhes peço: não parem de sonhar. A capacidade de sonhar é o que nos torna capazes de trabalhar por um mundo melhor. Quanto maior é a capacidade de sonhar mais seremos capazes de realizar”.

O Papa tocou o tema da inimizade: “A inimizade social, destrói. Uma família se destrói pela inimizade. O mundo se destrói pela inimizade. E a maior inimizade é a guerra e hoje o mundo está sendo destruído por causa da guerra, porque não são capazes de se sentar e conversar”. “O que podemos fazer?… não matem mais pessoas” sugeriu ao Papa para que se discuta sobre as guerras”. “Há a morte na alma porque estamos matando a capacidade de unir – acrescentou, dirigindo-se aos jovens -. Sejam capazes de distanciar a inimizade social”.

“Na Europa – disse ainda o Papa, mudando de tema – há uma inteira geração que não tem esperança, porque não estuda e não trabalha. Eu me pergunto que país é aquele que não oferece um futuro para os jovens”.

“Um povo, não digo um governo, que não se preocupa com os jovens, que não inventa uma possibilidade de trabalho para seus jovens, ele não tem um futuro”, continuou o Papa descrevendo com pesar “os jovens incapazes de dar vida, de criar amizade social, de criar uma pátria”, e que “obviamente, entram a fazer parte da cultura do descarte: a cultura que não tem esperança, na qual se descarta o idoso porque ele não produz, se pensa na eutanásia em certos países, mas em outros existe uma eutanásia escondida, e se descartam os jovens”. “Esta cultura do descarte – afirmou – está fazendo mal a todos, acaba com a esperança, uma esperança que é sofrida, fadigosa e fecunda”. (SP)

Fonte: Rádio Vaticano

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