Todos somos responsáveis pelas vocações sacerdotais, certamente cada vocação é “um dom de Deus, que constituiu um grande bem para aquele que é o seu primeiro destinatário. Mas é também um dom para a Igreja inteira, um bem para sua vida e missão. A Igreja, portanto, é chamada a proteger esse dom, a estimá-lo e amá-lo: ela é responsável pelo nascimento e maturação das vocações sacerdotais” (Pastores Dabo Vobis nº 41).
Neste sentido o Bispo Diocesano, coadjuvado pelos reitores do Seminário Diocesano Santo Antônio e Conselho de Formação, no decurso deste ano estão trabalhando intensamente na elaboração de um Projeto Formativo para os seminaristas, das duas etapas: discipular ou filosófica; configurativa ou teológica. “O projeto formativo explicita as etapas do único caminho de discipulado e precisa ser integral, enquanto versa sobre as quatro dimensões da formação e pretende alcançar de forma progressiva e pedagógica, o objetivo de formar o futuro presbítero enquanto pessoa, discípulo e pastor missionário” (Diretrizes para a Formação dos Presbíteros da Igreja no Brasil, n° 300¬).
O Projeto que está sendo desenvolvido pela equipe de formadores parte da seguinte mística ou regra: “Cultivar a santidade, viver com sobriedade, manter solícita obediência ao Bispo e fraterna comunhão presbiteral, dedicando-se fielmente a serviço de Deus e de seu povo”. O esboço apresentado pelos reitores tem como fundamento teórico os principais documentos da Igreja para formação nos Seminários: Ratio Fundamentalis Institutionis Sacerdotalis, as Diretrizes para a Formação da CNBB, Documentos do Concílio Vaticano II, Pastores Dabo Vobis e outros.
A parte prática do Projeto Formativo apresenta como o conteúdo formativo deve ser aplicado no cotidiano da formação. Elencamos as atividades-meios em cada etapa a fim de os objetivos propostos sejam alcançados. O que inclui apresentar os diversos mecanismos de aplicação do conteúdo formativo como momentos de reflexão, leituras dirigidas, grupos terapêuticos, exercícios espirituais, dinâmicas, conversas e formações mensais com os reitores, trabalhos na casa, estágios de pastoral, celebrações litúrgicas, estudos temáticos, oficinas de redação, tempos de oração pessoal e comunitária e outros. Ainda o Projeto propõe diversos meios de verificação para cada etapa da formação como a pontualidade e disciplina nas atividades, conversas semestrais com o Bispo, análise do histórico escolar, escrutínios, autoavaliações e outros.
Em breve, o Projeto Formativo será entregue aos nossos seminaristas diocesanos, como um verdadeiro “instrumento” que facilitará a formação integral daqueles que se sentem chamados ao ministério presbiteral; um “mapa teórico e prático”, que certamente orientará no seguimento do Bom Pastor e no caminho de autoconhecimento.
Pe. Luiz Gustavo Sampaio Moreira
Fonte: Jornal O Lábaro – maio/2020