10º DOMINGO DO TEMPO COMUM – MISSAS NOS DIAS 06 E 07 DE JUNHO DE 2015
107º ANIVERSÁRIO DE CRIAÇÃO DE NOSSA DIOCESE DE TAUBATÉ
Saudações amados irmãos e irmãs.
No próximo sábado, dia 13 de junho, Dom Wilson Luis Angotti inicia seu ministério pastoral em nossa Diocese de Taubaté. Será um momento de profundo significado eclesial para todos nós que temos fé. Já estamos nos preparando nestas últimas 3 semanas e hoje teremos nossa última catequese sobre o ministério do Bispo a serviço da Igreja Diocesana. Depois de aprofundarmos a missão do Bispo como aquele que santifica e apascenta o rebanho do Senhor, veremos hoje o Bispo como Mestre da Palavra de Deus e da Doutrina da Igreja.
São João Paulo II afirmou certa vez que “Jesus ressuscitado confia aos Apóstolos a missão de ‘fazer discípulos’ todos os povos, ensinando-os a observar tudo aquilo que ele mandou. Deste modo é solenemente confiada à Igreja, comunidade dos discípulos do Senhor crucificado e ressuscitado, a tarefa de pregar o Evangelho a todas as criaturas; uma tarefa que durará até ao fim dos tempos. A partir daquele instante inicial, já não é possível imaginar a Igreja sem tal missão evangelizadora. Disso mesmo tinha consciência o apóstolo Paulo, manifestando-o com palavras bem conhecidas: ‘Ai de mim se não evangelizar!’(1 Cor 9, 16)” .
Se a evangelização é missão de toda Igreja, torna-se de forma especialíssima um dos principais deveres do Bispo. “O Bispo é feito um mestre da fé com autoridade dada por Cristo para ensinar o povo a ele confiado. Assim, ele deve ser o primeiro a crer e viver a fé da Igreja. Sob a luz do Espírito Santo, o Bispo deverá estar sempre vigilante para afastar os erros que ameaçam seu rebanho; Quando um Bispo ensina, em comunhão com o Papa, sucessor de Pedro, sobre tudo o que diz respeito às questões de fé e moral, ele deve ser respeitado por todos como testemunha da verdade divina e católica” .
Nesta linha, aparece em toda a sua riqueza de significado o gesto, previsto no rito romano da ordenação episcopal, de impor o Evangeliário aberto sobre a cabeça do eleito durante a prece de consagração: com tal gesto quer-se mostrar, por um lado, que a Palavra envolve e guarda o ministério do Bispo e, por outro, que a sua vida deve estar inteiramente sujeita à Palavra dedicando-se todos os dias à pregação do Evangelho com toda a paciência e doutrina (cf. 2 Tim 4, 2).
Um Bispo encontra a sua identidade e o seu lugar no seio da comunidade dos discípulos do Senhor, onde recebeu o dom da vida divina e a primeira instrução na fé. Sobretudo quando de sua cátedra episcopal exerce na presença da assembleia dos fiéis a sua função de mestre na Igreja, cada Bispo deve poder repetir como Santo Agostinho: “Se se considerar o lugar que ocupamos, somos vossos mestres; mas, pensando no único Mestre, somos condiscípulos vossos na mesma escola” . Na Igreja, escola do Deus vivo, Bispos e fiéis são todos condiscípulos e todos têm necessidade de ser instruídos pelo Espírito.
Mas não só no anúncio explícito do Evangelho o Bispo é constituído como o primeiro Evangelizador de sua Diocese. Também a ele cabe a missão de ser Mestre da Doutrina da Igreja, explicando aos féis as verdades da fé à luz da Palavra de Deus, e corrigindo os abusos referentes à tudo que se ensina sobre a fé e os costumes em sua Diocese. Em outras palavras, o Bispo Diocesano deverá ser o Primeiro Catequista da Igreja Diocesana.
Estimados irmãos e irmãs, hoje celebramos 107 anos de criação de nossa Diocese de Taubaté. Agradecidos ao Senhor por toda a história já escrita, queremos preparar bem nosso coração, nossas paróquias, pastorais, movimentos, irmandades, associações e todo organismo eclesial para recebermos não apenas nosso 7º Bispo Diocesano como, principalmente, todas as moções do Espírito Santo que por meio de Dom Wilson o Senhor poderá soprar sobre nossa Igreja de Taubaté. Seja a Eucaristia que celebramos hoje, penhor de muitas graças pelo ministério que Dom Wilson iniciará entre nós no próximo fim de semana.
Comissão promotora de Eventos pró-transição Episcopal
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