O Papa Francisco encontra-se desde a madrugada desta terça-feira, 13 de Janeiro, na ilha asiática do Sri Lanka, onde permanecerá por dois dias. O Papa partiu ontem de Roma por volta das 19 horas, tendo chegado a Colombopouco antes das 9.00 horas locais. Durante o voo o Papa deslocou-se por entre os jornalistas, saudando pessoalmente e detendo-se um pouco com cada um deles. Não houve discurso.
Chegados ao Aeroporto de Colombo, capital do Sri Lanka, o Papa foi acolhido pelo novo Presidente do país (eleito no passado dia 8) com um breve discurso, no qual o chefe de Estado sublinhou a alegria de iniciar o seu mandato com a visita do Papa e por Francisco ter iniciado a sua viagem à Ásia pela ilha sri-lankesa.
Nas palavras que lhe dirigiu o Papa sublinhou que o Sri Lanka é conhecido como a perla do Oceano Índico pela sua beleza natural, mas sobretudo pelo seu povo e a sua rica variedade de tradições e culturas religiosas.
Depois o Papa ilustrou as razões da sua visita que é antes de mais pastoral:
“Na qualidade de pastor universal da Igreja Católica, vim para encontrar e encorajar os católicos desta ilha, e para rezar com eles. Um ponto central desta visita será a canonização do beato Joseph Vaz, cujo exemplo de caridade cristã e de respeito para cada pessoa, sem distinção de etnia ou de religião, continua ainda hoje a inspirar-nos e a servir-nos de mestre. Mas a minha visita quer também exprimir o amor e a preocupação da Igreja para com todos os sri-lankeses, e confirmar o desejo da comunidade católica de ser activamente partícipe da vida desta sociedade” .
Frisando depois que muitas comunidades hoje no mundo estão em guerra entre si, o Papa recordou que também o Sri-Lanka passou ao longo de muitos anos pelos horrores dum recontro civil e agora está a procurar consolidar a paz e curar as feridas do passado.
“Não é uma tarefa fácil a de ultrapassar a amarga herança de injustiças e hostilidades deixadas pelo conflito. Só pode ser realizada ultrapassando o mal com o bem e cultivando as virtudes que promovem a reconciliação, a solidariedade e a paz.”
O processo de saneamento requer também – continuou o Papa – a procura da verdade, não para abrir velhas feridas, mas sim como meio necessário para promover a sua cura, a justiça e a unidade.
O Papa não deixou de recordar o papel essencial e delicado que as várias tradições religiosas do país têm a desempenhar no processo de reconciliação e reconstrução do país. E exprimiu o desejo de que todos tenham voz, trabalhem juntos e sobretudo aceitem, respeitem um ao outro e aprendam a viver juntos como uma família. A diversidade seja vista como uma riqueza e não uma ameaça – disse o Papa.
Nesta ordem de ideais o Papa sublinhou que a reconstrução do país deve ser material, mas também e sobretudo promoção da dignidade humana, do respeito dos direitos da pessoa e a plena inclusão de cada membro da sociedade.
(DA)
Fonte: Rádio Vaticano
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