Em Junho celebramos três dos santos mais populares: Santo Antonio, São João Batista e São Pedro. Não há cidade que não tenha ao menos uma capelinha dedicada a cada um desses santos.
Santo Antonio é padroeiro, na Diocese de Taubaté, de uma cidade, duas paróquias e um seminário. O costume de distribuir pães no seu dia lembra o tempo que ele foi cozinheiro, anônimo e humilde. Contudo, sua caridade tornou-se conhecida por toda a região próxima do convento onde ele morava. O gesto deve recordar-nos a generosidade, motivando-nos a distribuir o pão com quem tem fome. Nascido em Lisboa, no ano de 1195, foi batizado como Fernando. Ainda adolescente entrou para os Cônegos Regulares de Santo Agostinho, sendo ordenado sacerdote mais tarde. Em 1220, quando viu os corpos de cinco frades franciscanos, martirizados quando evangelizavam no Marrocos, decidiu entrar para a Ordem de São Francisco de Assis. Durante sua viagem para evangelizar no norte da África, um acidente levou a embarcação em que estava para a Sicília. Lá viveu por alguns meses até ser levado para Assis, onde conheceu Francisco pessoalmente. Depois de certo tempo, dedicado a tarefa humilde de cozinheiro, foi enviado para pregar no sul da
Itália e na França, doutrinando o povo contra as heresias. Sua fama de pregador se espalhou por toda a Europa. Estabelecendo-se em Pádua, de lá partia para ensinar o evangelho com a sabedoria, a eloquência e o ardor que lhe eram peculiares. Morreu vítima de doença inesperada, no dia 13 de junho de 1231. Foi canonizado um ano apenas, após a sua morte.
São João Batista é o padroeiro principal de Caçapava. O calendário litúrgico comemora a sua natividade, no dia 24 de junho. Feriado na cidade. O nascimento de João, apelidado de Batista porque batizava no Rio Jordão, vem descrito no Evangelho segundo Lucas. Antes, o evangelista relatou o anúncio do nascimento daquele que seria o precursor do Messias. Baseada nas palavras do Anjo Gabriel, a Igreja estabelece o dia da Natividade de São João Batista seis meses antes do Natal. Exatamente, no dia 24 de junho. A comemoração do nascimento de João Batista, assim como o de Jesus e de Maria Santíssima, é a única festa litúrgica que a Igreja dedica ao nascimento de um santo. Os demais santos, tem seu dia de comemoração ligado ao da morte: o dia em que nasceram para a eternidade. Ele ocupou um lugar único, na História da Salvação: foi o último dos profetas e o primeiro a testemunhar o Messias. Porque denunciava a hipocrisia religiosa de seu tempo e as imoralidades dos poderosos, pagou com o martírio a fidelidade à verd
ade a aos princípios morais que ele pregava e praticava em vida, sem jamais ceder, mesmo diante da morte. Seu martírio é comemorado no Calendário Litúrgico da Igreja, no dia 29 de agosto.
São Pedro é homenageado em nossa diocese com uma paróquia em Taubaté. Não faltam capelas e comunidades que o tenha por patrono. No dia 29 de junho, o seu dia é comemorado juntamente com São Paulo. Desde a antiguidade, a Igreja celebra esses dois santos com grande solenidade num mesmo dia. A razão para os dois serem comemorados juntos está no fato de a Igreja, desde cedo, considerar os dois como alicerces. Porém, a piedade popular consagrou o dia 29 de junho como “o dia de São Pedro”. Segundo tradição muito antiga, parece que foi nesse dia que foram martirizados tanto São Pedro como São Paulo. E seus corpos foram sepultados na Colina Vaticana, em Roma. No local onde repousam seus restos mortais foi erguida a majestosa Basílica de São Pedro, no Vaticano. De acordo com essa tradição, São Pedro, porque não era cidadão romano, foi sentenciado à morte por crucificação. Reconhecendo ser indigno de sofrer o mesmo martírio que Nosso Senhor, São Pedro pediu aos carrascos que o crucificassem de cabeça para baixo. As ch
aves que o santo traz nas mãos são símbolos de seu primado, conforme lemos nos evangelhos. Essa função foi transmitida ao sucessor de Pedro em Roma, o papa, significando que substitui o apóstolo no governo da Igreja. Por isso mesmo, as chaves estão presente na bandeira e nos escudos que representam a Santa Sé, assim como o Estado do Vaticano.
FONTE: Texto publicado no Jornal O Lábaro – junho/2014.