No encontro, foram apontados caminhos para o aperfeiçoamento dos trabalhos de assessoria de imprensa da Igreja no Brasil
Momentos de oração, espiritualidade e partilhas marcaram o terceiro dia do 8º Encontro de Jornalistas das Arqui/Dioceses, Regionais, Pastorais e Organismos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realizado de 11 a 13 de setembro, na sede da Cáritas, em Brasília (DF).
O evento foi promovido pelo Secretariado Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, por meio da Assessoria de Imprensa. Contou com o apoio do Departamento de Tecnologia e Informação (TI) e da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação. Participaram 52 profissionais jornalistas de 13 arquidioceses, 14 dioceses. Ao todo, 16 estados brasileiros foram representados.
O encontro, ao longo dos anos, vem se consolidando em um importante espaço de diálogo, reflexão e formação para os jornalistas que desempenham atividades nestas instituições religiosas. A cada edição, o evento recebe conferencistas renomados da comunicação.
Vocação para comunicar
Durante a celebração da missa do terceiro dia, 13, o bispo de auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, disse que os jornalistas que atuam na Igreja têm uma importante missão. “Vocês são chamados a evangelizar, serem missionários. Todos os serviços que fazemos em nossas dioceses é evangelização”, disse o bispo na homilia.
Ainda, para o dom Leonardo, o jornalismo eclesial não é apenas um serviço na Igreja, mas é um ministério que deve estar em sintonia com as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil. “Devemos buscar atuar na dinamização dessas urgências em nossos trabalhos de comunicação”, explicou.
Comunicação que transforma
Após a missa, houve mesa redonda com o tema “A comunicação como transformação humana e social”. O debate foi mediado pela mestranda em Comunicação, professora Vânia Balbino, com presença dos expositores, Joadir Foresti, coordenador do curso de Comunicação da Universidade Católica de Brasília (UCB), e irmã Núbia Maria da Silva, jornalista e mestre em Comunicação.
A religiosa tratou da comunicação popular e comunitária desenvolvida em diferentes comunidades do Brasil. Apresentou experiências do fazer jornalismo construtivo, por meio da participação dos cidadãos, que atuam na produção e divulgação de notícias. “Precisamos ser porta-voz de nossas comunidades, do povo sofrido e excluído pela grande mídia. É necessário comunicar as experiências positivas e bonitas que acontecem na Igreja”, disse irmã Núbia.
O professor Joadir destacou elementos acerca das relações na vida em sociedade, apontando indicativos que alteraram o elemento comunicativo. “O que observamos, hoje, é uma reconstrução na forma de ver a sociedade” e “as diferentes formas de existir”.
Experiências e práticas
Também, durante o encontro, os jornalistas foram divididos em sete grupos. A proposta foi partilhar experiências vividas nas atividades de comunicação das arqui/dioceses, regionais, pastorais e Organismos. Cada grupo apresentou os resultados das reflexões, apontando caminhos para o aperfeiçoamento os trabalhos de assessoria de imprensa na Igreja. Os profissionais relataram a necessidade de diálogo entre as dioceses e regionais, ações e planejamentos conjuntos, além de proporem a criação de grupos de articulações por meio de plataformas, aplicativos e redes sociais.
No sábado, 12, os participantes contaram com duas oficinas. “Redação para mídias digitais” foi ministrada pelo jornalista do Portal de Notícias Fato Online, Diego Amorim. “Escrever bem é escrever para qualquer lugar, isso inclui também as redes sociais”, pontuou Diego. Nesta oficina, Diego ofereceu dicas de como gerenciar conteúdo na internet, evitando erros e potencializando ações estratégicas.
O repórter fotográfico da Agência Senado, Pedro França, trouxe reflexões sobre a fotografia na era digital. O profissional destacou técnicas indispensáveis para a cobertura de eventos e reportagens, tendo em vista imagens de qualidade. “A fotografia é um importante registro histórico e um documento. Além disso, a imagem pode despertar ou motivar ações nas pessoas”, explicou Pedro.
Fonte: Site da CNBB
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