A todo o momento somos atingidos por informações de todo tipo e das mais variadas procedências. De cosmética a teorias políticas e econômicas, todos os dias recebemos uma verdadeira enxurrada de conteúdo. E como conseguimos suportar tudo isso? Simples. O nosso cérebro tem a capacidade natural de seleção. Para garantir a nossa tranquilidade, ele só armazena o que é significativo para a nossa vida.
Em tempo de campanha eleitoral, é impressionante como aparece gente que se sente no dever (sabe-se lá se por uma inspiração divina, o que é pouco provável) de falar sobre tudo, proclamando-se profeta de um novo tempo. Fala-se dos problemas sociais e das possíveis soluções para resolver as mazelas do país e promover o desenvolvimento humano e econômico como se fosse um alquimista que descobriu a quintessência.
Tudo muito empolgante. Não fosse o fato de já estarmos acostumados com tais retóricas políticas criando um dispositivo de defesa contra essas investidas, poderíamos até nos permitir, ao menos por alguns instantes, suspender a postura crítica e dar crédito a tais discursos. Mas, nas atuais circunstâncias, não muito diferentes das anteriores, talvez, ao menos neste caso, não seria impróprio assumir a postura de Tomé. Porque, com tantas palavras jogadas ao vento, só vendo mesmo para crer.
Então a quem iremos? Perguntou Pedro, certa vez, a Jesus. E concluiu:
“Só tu tens palavras de vida eterna”. Como Cristãos, essa é a verdade que em todos os tempos somos chamados a testemunhar. A palavra de Deus é diretriz para a vida humana. Como reza o salmista, “Tua palavra é lâmpada para os meus pés e luz para o meu caminho” (Sl 119,105). Neste mês dedicado à Bíblia, aproveitemos para meditar mais intensamente a Palavra de Deus, buscando o discernimento necessário para falar e acolher palavras verdadeiras, que tenham força realmente transformadora.
FONTE: O Lábado setembro 201
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