2ª Catequese em preparação ao início do Ministério Pastoral de Dom Wilson Luis Angotti como 7º Bispo da Diocese de Taubaté

SOLENIDADE DA PENTECOSTES – MISSAS NOS DIAS 23 E 24 DE MAIO DE 2015

Saudações amados irmãos e irmãs.

Semana passada, em nossa primeira catequese preparatória ao início do Ministério de Dom Wilson Luis Angotti como nosso futuro Bispo Diocesano, propusemos aprofundar qual a origem da figura do Bispo em nossa Igreja Católica, e concluímos que o Bispo é Sucessor dos Apóstolos, com a missão de partilhar com os fiéis postos aos seus cuidados tudo aquilo que o Senhor Jesus entregou aos Apóstolos: o anúncio da Palavra, os Sacramentos e a vida de caridade fraterna.

Nestas três semanas que nos separam do dia de sua chegada entre nós, queremos aprofundar as três missões que o Bispo assume em relação à sua Diocese: a missão de santificar, de apascentar e de ensinar. “Cristo deu aos Apóstolos e aos seus sucessores o mandato e o poder de ensinar todas as gentes, de santificar os homens na verdade e de os apascentar. Por isso, foram os Bispos constituídos, pelo Espírito Santo que lhes foi dado, verdadeiros e autênticos mestres, pontífices e pastores” . Hoje, solenidade de Pentecostes, iremos refletir sobre o Bispo como santificador de seus irmãos e irmãs.

Para realizar esta missão, Cristo Nosso Senhor prometeu o Espírito Santo aos Apóstolos e enviou-O do céu no dia de Pentecostes, para, com o seu poder, serem testemunhas perante as nações, perante os povos e os reis, até aos confins da terra (At 1,8; 2,1ss.; 9,15). Na missão de sumo sacerdote da Diocese, participante da plenitude do Sacerdócio de Cristo e dispensador de Sua graça santificante, “procure o Bispo promover a santidade dos seus clérigos, dos religiosos e dos leigos, segundo a vocação de cada um, lembrando-se da obrigação que têm de dar exemplo de santidade pela caridade, humildade e simplicidade de vida. Santifiquem de tal modo a Igreja que lhe está confiada, que nela brilhe plenamente o modo de sentir de toda a Igreja de Cristo” .

Um bom exemplo de como o Bispo – e também os padres, em comunhão com o Pastor Diocesano – devem santificar o povo confiado a ele, deu-nos o Papa Francisco em uma de suas homilias. Diz o Papa: “O bom Sacerdote reconhece-se pelo modo como é ungido o seu povo; temos aqui uma prova clara. Nota-se quando o nosso povo é ungido com óleo da alegria; por exemplo, quando sai da Missa com o rosto de quem recebeu uma boa notícia. O nosso povo gosta do Evangelho quando é pregado com unção, quando o Evangelho que pregamos chega ao seu dia a dia, quando escorre como o óleo de Aarão até às bordas da realidade, quando ilumina as situações extremas, ‘as periferias’ onde o povo fiel está mais exposto à invasão daqueles que querem saquear a sua fé. As pessoas agradecem-nos porque sentem que rezamos a partir das realidades da sua vida de todos os dias, as suas penas e alegrias, as suas angústias e esperanças. E, quando sentem que, através de nós, lhes chega o perfume de Cristo, animam-se a confiar-nos tudo o que elas querem que chegue ao Senhor: ‘Reze por mim, padre, porque tenho este problema’, ‘Sua benção padre’… Quando estamos nesta relação com Deus e com o seu Povo e a graça passa através de nós, então somos sacerdotes, mediadores entre Deus e os homens. O que pretendo sublinhar é que devemos reavivar sempre a graça, para intuirmos, em cada pedido, o desejo que tem o nosso povo de também ser ungido, porque sabe que nós possuímos este dom. Intuir e sentir, como o Senhor sentiu a angústia permeada de esperança da mulher que sofria de um fluxo de sangue quando ela lhe tocou a ponta do manto. Este instante de Jesus, no meio das pessoas que o rodeavam por todos os lados, encarna toda a beleza de Aarão revestido sacerdotalmente. É uma beleza escondida, que brilha apenas para aqueles olhos cheios de fé da mulher atormentada pela doença. Os próprios discípulos – futuros sacerdotes – não conseguem ver, não compreendem: vêem apenas a superficialidade de uma multidão que aperta Jesus de todos os lados quase o sufocando (cf. Lc 8, 42). Ao contrário, o Senhor sente a força da unção divina que chega às bordas do seu manto” .

Agradeçamos ao Senhor por seu eterno Sacerdócio continuado pelos Bispos e padres. E rezemos por nosso futuro Bispo, para que seja muito iluminado pelo Espírito do Senhor em sua missão de santificar nossa Diocese de Taubaté.

Comissão promotora de Eventos pró-transição Episcopal

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