No dia 26 de junho, os seminaristas diocesanos tiveram uma manhã de formação pastoral com o Bispo Diocesano Dom Wilson, encerrando o semestre dedicado a esta dimensão da formação presbiteral. Também participaram deste momento os reitores do Seminário Pe. Marcelo Henrique de Souza e Pe. Luiz Gustavo Sampaio; o Coordenador Diocesano de Pastoral, Cônego José Luciano; Pe. Patrick Alves de Carvalho e os diáconos transitórios, José Amarildo, Julius Rafael e Miguel Gustavo.
A pastoral, conforme apresentou Dom Wilson Angotti, deve ser essencialmente evangelizadora, e tem por objetivo alimentar a fé dos batizados e ajudá-los no processo permanente de conversão, dirigindo-os a Deus. Cada tempo exige um trabalho específico de evangelização. Noutras palavras, tempos novos exigem uma nova evangelização!
Durante a formação, Dom Wilson destacou três pontos principais: primeiro, a necessidade de levar à conversão pastoral, isto é, não somente fazer uma pastoral de manutenção e de conservação, mas superar esquemas e pensar nas necessidades de cada realidade; segundo, ser uma Igreja em saída, como muito insiste nosso Papa Francisco, não esperando aqueles que vêm, mas indo atrás dos que não vêm e para isso, é necessário levantar da cadeira e ir ao encontro; terceiro, um estado permanente de missão, este sendo oposto à simples manutenção. A missão é o “sair para ir”, não como mera atividade missionária que acontece num determinado momento, mas como trabalho, preocupação e empenho constantes.
O agente de pastoral deve ser ousado e não alguém que tudo espera, afinal, como discípulos de Jesus, todos nós já somos enviados. Como Igreja anunciadora (querigmática), o anúncio, a instrução e a formação são insubstituíveis na missão. É preciso buscar uma evangelização que não traga respostas e esquemas do passado para problemas do presente, mas que considere o que responde às expectativas e às necessidades atuais, sempre em comunhão com as prioridades diocesanas estabelecidas em Assembleia. Os sujeitos da missão são todos os batizados, conscientes da eficácia da graça divina, e toda ação deve estar orientada pela vontade de Deus.
Evangelização não se faz só com intenções e experiências, mas acontece com atitudes, de quem vai ao encontro, conhece a realidade e a partir dela, realiza ações concretas. Por isso, o pastor não terceiriza a pastoral, mas orienta e instrui na fé. Ao final, Dom Wilson admoestou que é preciso superar a pastoral de manutenção pela missão, em vista da evangelização. Foi um momento de profundas reflexões, partilhas e provocações, que certamente muito enriqueceram as experiências pastorais dos seminaristas, que se preparam para o futuro pastoreio do rebanho do Senhor.
Por Erick Cunha, Seminarista
