Está marcada para o dia 16 de novembro nossa Assembleia Diocesana de Pastoral, ocasião em que serão definidas as opções pastorais que orientarão os trabalhos da Diocese de Taubaté até o ano de 2023. Uma assembleia de pastoral é expressão de comunhão eclesial e instância de decisões. Juntos, sob a assistência do Espírito Santo que Jesus prometeu à sua Igreja, refletiremos sobre a nossa realidade diocesana, nesse momento da história, e escolheremos o que vamos priorizar em nosso trabalho pastoral evangelizador. Isso expressa comunhão porque é um processo que se faz em comum e porque dá unidade à ação pastoral na Diocese. É instância que reúne os fiéis cristãos leigos, os religiosos e os ministros ordenados para que, em oração e reflexão, escolhamos as prioridades pastorais, a serem trabalhadas nos próximos anos.
O dia 16 de novembro será o momento culminante de um processo iniciado no mês de dezembro de 2018, ocasião em que os Vigários Forâneos foram reunidos, refletiram e fizeram indicações em vista da assembleia. A Equipe Diocesana de Coordenação Pastoral (EDCP), cumprindo sua função, planejou o processo, ou seja, os passos em vista da assembleia e também envolveu o Conselho Diocesano de Pastoral que, em sua maioria, é composto por leigos. No mês de maio os fiéis que participam das missas dominicais foram consultados e puderam responder por escrito, a seguinte questão: “Diante da situação da sociedade e da Igreja, o que você considera importante que a Paróquia, que somos todos nós, faça para evangelizar?” O número das respostas foi aquém do que se esperava; mas a possibilidade de participação foi oferecida a todos. Servindo-se dessas indicações, no mês de junho, foram realizadas as assembleias paroquiais, fazendo escolhas de prioridades. Posteriormente, no mês de agosto o resultado das assembleias paroquiais foi levado para as assembleias de forania que, por sua vez, realizaram escolhas, sínteses e indicaram ações para cada prioridade escolhida. Todo esse trabalho vai confluir na assembleia de novembro, que reunirá leigos, religiosos e ministros ordenados da Diocese. Nessa oportunidade vamos refletir sobre os desafios diocesanos e as propostas feitas e, à luz das Diretrizes Gerais da Igreja no Brasil, escolheremos três prioridades e três ações que vão orientar toda ação evangelizadora e pastoral de nossa Diocese.
As Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, que expressam a unidade da ação de todas as Dioceses do nosso País, têm como objetivo geral: Evangelizar pelo anúncio da Palavra de Deus, formando discípulos de Jesus Cristo, em comunidades eclesiais missionárias, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, cuidando da casa comum e testemunhando o Reino de Deus, rumo à sua plenitude. Toda a ação da Igreja deve visar à evangelização que se dá pelo anúncio explícito da Palavra de Deus e pelo testemunho de vida dos cristãos. Os discípulos de Jesus hoje também têm que ser formados em comunidades eclesiais missionárias. Nessas Diretrizes fica muito evidente a dimensão da casa. Essa casa da família de Deus, que é a Igreja, é sustentada por quatro pilares: 1º o pilar da Palavra que fundamenta a iniciação à vida cristã e a animação bíblica de toda a pastoral; 2º o pilar do pão que alimenta, ou seja, a celebração dos Sacramentos (liturgia) e a espiritualidade, que é a vida segundo o Espírito Santo; 3º pilar a caridade, que é o amor colocado a serviço dos outros na promoção e defesa da vida; e o 4º pilar a missionariedade, que é dimensão constitutiva da Igreja, pois a mesma Palavra que nos aproxima de Jesus, faz de nós missionários que O anunciam aos outros. É importante ter consciência de que a missionariedade não se trata de uma ação que alguém ou algum grupo na Igreja, irá realizar num determinado momento. A missionariedade expressa o ser da Igreja, que existe para evangelizar, ou seja, existe em função da missão. Todo trabalho realizado por qualquer pessoa ou grupo da Igreja deve ser em vista à realização da missão para a qual fomos enviados: EVANGELIZAR E FAZER DISCÍPULOS DE JESUS CRISTO. Assim, orientados por esses parâmetros faremos nossas opções pastorais. Que Deus nos ilumine e conduza nossas escolhas para que sejam expressão de Sua Vontade e visem ao bem da Igreja e a concretização do Reino de Deus. A todos peço orações para que assim seja.
Dom Wilson Angotti
Fonte: Jornal O Lábaro – edição setembro 2019