É fato para todos que celebrar o aniversário de alguém ou de alguma instituição é relembrar momentos vividos de forma especial, aqueles que marcam uma existência junto às pessoas, seja por pequenos gestos ou por grandes feitos. Para uma instituição, a celebração assume ares de agradecimento por ter a oportunidade de vislumbrar o caminho percorrido e poder traçar metas para o futuro, buscando realizar a sua missão da melhor forma possível junto àqueles a quem é chamada a servir.
Durante este Ano Jubilar de 2025, nós, membros da Diocese de Taubaté, temos a oportunidade de celebrar os 115 anos de história de nosso Seminário Diocesano. Criado em 1910 por Dom Epaminondas, nosso primeiro bispo diocesano, dois anos após a criação da Diocese por São Pio X, o Seminário Diocesano tem sido uma fonte inesgotável de esperança para a Diocese. Desde seu início, demonstra o apreço e cuidado com os quais Dom Epaminondas cercava a vocação sacerdotal e o processo de evangelização das cidades pertencentes ao território diocesano (recordamos que, junto à criação do Seminário Diocesano, Dom Epaminondas também deu início ao jornal O Lábaro, como um meio de evangelização).
Tendo iniciado no sobrado da Ordem Terceira de São Francisco, na atual Av. Granadeiro Guimarães, por inúmeras vicissitudes destes anos transcorridos, o Seminário passou por outros endereços, como a residência localizada atrás do Monumento do Cristo Redentor até o ano de 2021, onde residiu Dom Francisco Borja do Amaral (terceiro bispo diocesano), e sua atual localização na residência onde se instalava o então Seminário São João Maria Vianney, casa dos seminaristas que estudam Filosofia e que agora abarca as duas etapas (Filosofia e Teologia), na Vila São José.
Nestes 115 anos, somos chamados a fazer memória dos diversos reitores que conduziram nosso Seminário, sejam eles religiosos (da Ordem Franciscana e da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus) ou diocesanos. De forma especial, Fr. Bernardino de LaValle, OFMCap., que se doou para conduzir a primeira turma de seminaristas. Diversos foram os reitores que assumiram a reitoria deste Seminário, porém a espiritualidade foi sempre a mesma: formar santos e bons pastores para a Igreja, sob a guia e o patrocínio de um dos mais fiéis pastores do rebanho de Cristo e discípulo de São Francisco: Santo Antônio. Ao santo de Lisboa e Pádua, os seminaristas são chamados a imitar o zelo pelas almas, pela defesa da verdadeira fé e doutrina da Igreja, doando-se por Cristo, com Cristo e em Cristo, conformando suas vidas à do divino Mestre, a partir das Sagradas Escrituras.
No dia 20 de fevereiro, ao celebrar estes 115 anos dessa existência singular, rendamos louvores a Deus por possuirmos um coração que pulsa avivado pelo Divino Espírito. Coração que, buscando recolher jovens das 11 cidades que compõem este território, os nutre com a sabedoria dos santos e mestres do passado e da contemporaneidade, a fim de que saiam e levem ao povo o alimento salutar da presença divina para os quatro cantos da Diocese.
Contemplando o Ano Santo da Esperança, o Seminário Diocesano Santo Antônio torna-se figura visível de confiança e perseverança na bondade divina, com a qual Deus tanto tem agraciado nossa Diocese, e também na espera por futuros pastores de corações ardentes pelo desejo de anunciarem a Boa Nova do Reino e agirem pelo bem de nosso povo. Rezemos pelos nossos sacerdotes! Rezemos por nossos seminaristas! Rezemos pelas vocações!
Sem. Wellington Giovane Santos