O Papa Francisco nos pede que rezemos pelas mulheres “para que sejam reconhecidas em cada cultura a dignidade das mulheres e a sua riqueza, e que cessem as discriminações de que são vítimas em várias partes do mundo”.
É fundamental respeitar e valorizar a mulher, reconhecer a riqueza das mulheres. Temos uma participação sem precedentes das mulheres na vida pública, em contexto profissional, político, cultural, econômico e científico.
Também no âmbito religioso, as mulheres têm uma contribuição, porque são capazes de falar de Deus e dos mistérios da fé com a sua singular inteligência e sensibilidade.
É preciso sempre ampliar os espaços da presença da mulher na sociedade em suas competências específicas e qualificadas. É um direito delas que deve ser protegido. As mulheres têm um papel fundamental no campo da educação seja familiar ou institucional.
É importante devolver à mulher a sua dignidade como pessoa e a correlativa complementaridade com o homem no destino comum.
O desígnio de Deus na criação está marcado pela complementaridade do homem e da mulher, no sentido que tão só os dois se reconhecem como pessoas.
O progressivo desenvolvimento cultural da nossa sociedade trouxe consigo uma consciência maior do papel e da dignidade da mulher. Desde o início da missão de Cristo, a mulher demonstra para com Ele e seu mistério uma sensibilidade especial. Como lemos na Carta Apostólica Mulieris Dignitatem (1988) de São João Paulo II: “O modo de agir de Cristo, o Evangelho de suas obras e palavras é um protesto coerente contra tudo quanto ofende a dignidade da mulher” (n.15).
Chamando a mulher à maternidade, Deus confiou-lhe o ser humano de forma inteiramente especial. A mulher pode oferecer novas formas de ver o mundo bem como ter em conta o contributo fundamental para solução de muitos problemas. Não pode existir espaço para a subalternidade, nem para discriminação. As mulheres têm direito à vida e ao direito de viver sem violência.
O Papa Francisco afirmou em sua Carta Encíclica Fratelli Tutti: “(…) duplamente pobres são as mulheres que padecem situações de exclusão, maus-tratos e violência, porque frequentemente têm menores possibilidades de defender os seus direitos” (n. 23).
É necessária uma cultura de repúdio a toda forma de exploração, violência e opressão da mulher. Um empenho pelo reconhecimento da dignidade da mulher e de seu papel na sociedade.
A Doutrina Social da Igreja, principalmente com o Vaticano II, proclama a necessidade do protagonismo das mulheres na Igreja e na sociedade.
Afirmou São João Paulo II: “Uma maior presença social da mulher se revelará preciosa, porque contribuirá para fazer explodir as contradições de uma sociedade organizada sobre puros critérios de eficiência e produtividade e obrigará a reformular os sistemas em vantagem dos processos de humanização que delineiam a civilização do amor” (Carta a vós mulheres, n.4).
Prof. José Pereira da Silva