Jubileu de prata de criação da Paróquia Sagrada Família

Por Pe. Silvio Dias

Há 25 anos, no dia 15 de janeiro de 1989, Dom Antonio Afonso de Miranda, sdn, assinava decreto elevando à condição de paróquia a Comunidade Sagrada Família, fundada no Bairro Jardim das Nações, na cidade de Taubaté. Dom Antonio atendia ao pedido dos padres do Instituto Missionário São José, então responsáveis pela comunidade que, à época, era filial da Paróquia do Menino Jesus, no Bairro Independência.

O pedido surgiu da necessidade espiritual de uma população que havia crescido muito nessa região de Taubaté. A criação da nova paróquia atendia, assim, a uma urgência pastoral. O Bispo Diocesano, depois de ouvir o Conselho Presbiteral, como afirma o decreto, atendendo “ao maior bem do Povo de Deus, nos moldes do Cân. 515, §1º”, desmembrou o território da Paróquia Menino Jesus para “erigir uma nova paróquia nesta Sede Episcopal com o título de Paróquia Sagrada Família”. O primeiro pároco, Pe. José Vicente, tomou posse no dia 25 de fevereiro do mesmo ano, em celebração oficiada por Dom Antonio. Naquele primeiro ano da existência da paróquia, o pároco dedicou-se a constituir a sua estrutura administrativa e pastoral formando o Conselho de Assuntos Econômicos Paroquial (CAEP) e o Conselho Paroquial de Pastoral (CPP). Nos anos seguintes, a paróquia foi organizando as várias pastorais para atender às necessidades da vida comunitária e da evangelização. Em 2002, Pe. Antonio Fernando da Costa é colocado à frente da paróquia como seu Administrador Paroquial. Em fevereiro de 2003, nomeado por Dom Carmo João Rhoden, scj, Padre Arcemiro Leôncio Carvalho, msj, assume como o segundo pároco, cargo que ocupa atualmente.

Passo a passo, de comunidade à Paróquia

paroquia-sagrada-familiaNo início dos anos 1970, o pároco da Paróquia Menino Jesus, Padre João Leopoldo de Almeida, resolveu construir uma nova igreja na Praça Vaticano, no novo e crescente bairro Jardim das Nações, em Taubaté. Em outubro de 1975, Dom José Antonio do Couto, scj, então Bispo Diocesano de Taubaté, acompanhado do Padre Joao Leopoldo, celebrou missa campal abençoando a pedra fundamental das futuras instalações. A praça e as ruas adjacentes eram apenas esboços, traçados de um projeto em vias de construção. Dois anos depois, em 1977, Dom Couto voltou para celebrar solenemente missa sobre os alicerces da futura igreja, com grande concorrência de fiéis. No ano seguinte, o bispo já celebrava a missa de inauguração do presbitério da igreja. Mais um ano, e Dom Couto pode inaugurar a nova igreja, em 1979. No espaço de quatro anos, com recursos da Paróquia Menino Jesus e da comunidade local, foi construído todo o complexo da futura matriz, que embora faltando os últimos acabamentos, erguia-se majestosa em estilo moderno, leve, mas imponente no alto da colina do Jardim das Nações.

Referências históricas apontam São Judas Tadeu como o primeiro padroeiro da comunidade nascente no Bairro Jardim das Nações. Mais tare, Padre João Leopoldo de Almeida desejava entrega-la à proteção do Menino Jesus. Padre José Benedito Leite, que substituiu Padre João na Paróquia, queria homenagear Nossa Senhora de Fátima. Quando assumiu a Paróquia do Menino Jesus, Padre Libânio Cicuto, fundador do Instituto Missionário São José, encontrou opiniões divididas sobre a escolha do padroeiro. Acolhendo sugestão do então Bispo Diocesano, Dom Antonio Afonso de Miranda, sdn, Padre Libânio organizou uma votação para que o povo se manifestasse escolhendo o seu padroeiro. E assim, no dia 28 de março de 1982, apurados os votos, o resultado foi de 654 votos para a Sagrada Família, 361 votos para o Menino Jesus e 223 votos para Nossa Senhora de Fátima, sendo escolhida pela vontade dos fiéis, a Sagrada Família.

Em 1983, foram iniciadas as obras de acabamento do presbitério, piso, iluminação, pintura, capela do Santíssimo, capela da Sagrada Família, escritório paroquial e sacristia. Estas obras foram realizadas pelo Instituto Missionário São José coordenado pelo Padre Libânio Cicuto e e seus seminaristas que, por três anos e meio, ocuparam as instalações como seminário. Em 1987, com Padre José Vicente como Pároco, considerando os inúmeros problemas surgidos entre as comunidades Sagrada Família e Imaculado Coração de Maria, realizou uma assembleia extraordinária, no dia 23 de agosto, parar discutir a separação oficial em duas comunidades, com uma administração própria cada uma.

Verificando-se rápido crescimento da comunidade Sagrada Família, Padre José Vicente considerou ser importante constituir uma nova paróquia. E assim, aos 15 dias de janeiro de 1989, Dom Antonio Afonso de Miranda, através do Decreto 02/89 da Cúria Diocesana, criou a Paróquia Sagrada Família, para grande alegria da comunidade. Padre José Vicente tornou-se o primeiro pároco, nomeado no dia 25 de fevereiro do mesmo ano. Ele foi grande impulsionador dos primeiros passos da paróquia, era missionário do Instituto Missionário São José e permaneceu à frente da Paróquia até setembro de 2002. Em 2002, Padre Antonio Fernando da Costa foi nomeado administrador paroquial, conduzindo-a de setembro daquele ano até fevereiro de 2003. Padre Arcemírio Leôncio Carvalho, que trabalhou na comunidade Sagrada Família antes de se tornar paróquia, depois de muitos anos, retorna, nomeado como seu segundo pároco, no dia 08 de fevereiro de 2003, cargo que ocupa até hoje.

Brasão Paroquial

brasao-paroquia-sagrada-familiaCriado por Rafael Sadoc Ranconi

Aprovado pelo pároco Pe. Arcemírio L. Carvalho e pelo CPP, no dia 15 de julho de 2014.

Um escudo tendo ao centro uma cruz branca contendo as cinco chagas de Cristo, referência a São Francisco das Chagas, padroeiro da Diocese de Taubaté.

A cruz divide o escudo em quatro campos. Na parte de cima, à esquerda, colocado sobre um campo lilás, vê-se um desenho estilizado da fachada da Igreja Matriz, concebido como logotipo da Paróquia. Do outro lado, à direita, foi colocada a Bandeira do Estado Vaticano, com as chaves cruzadas, símbolo pontifical, significando ligação com o Santo Padre o Papa.

Na parte de baixo, à esquerda, sob um fundo verde, encontra-se o monograma cristológico “Chi-rho”, representado pelas letras gregas XP, iniciais do título messiânico Cristós (ΧΡΙΣΤΟΣ), acompanhado pelas letras alfa e ômega, referências à Apocalipse 1,8 e 21,6, afirmando a divindade de Cristo, principio e fim do tempo. Ainda na parte inferior, à direita, com fundo azul claro, lê-se o monograma AM, iniciais da saudação mariana “Ave Maria”, o símbolo da Virgem Maria.

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