A ECOLOGIA INTEGRAL: FORMAÇÃO DIOCESANA DA CF 2025

“E viu Deus quanto tinha feito, e eis que era muito bom!” Gn  1, 31

Inspirados biblicamente,  nossa Diocese realizou no dia primeiro de fevereiro, das 08h às  12h na paróquia Santa Luzia, em Taubaté, a formação para a Campanha da Fraternidade de 2025.  Fomos bem acolhidos pelo Padre Luís Carlos, Pároco da paróquia e assessorados pelo Assessor da CF, padre Marciano, assim como tivemos a presença também do Cônego Luciano, nosso coordenador diocesano de pastoral.

Mais de 130 leigos e leigas de nossa diocese puderam tomar contato com esse importante tema, que não será apenas mais uma campanha da fraternidade que tem seu período forte, de oração, penitência e doação durante o período quaresmal.

Baseada na Encíclica Laudato Si e na Exortação Apostólica Laudato Deo, do reverendíssimo Papa Francisco, nos traz a seriedade e a gravidade das mudanças climáticas que tem ceifado vidas humanas e também toda a criação de Deus.

A Campanha da Fraternidade nos alerta sobre os riscos do aquecimento global e com isso as tragédias naturais que tem causado ainda impactos nos preços dos alimentos, grandes enchentes nos grandes centros e periferias do mundo, assim como o ressurgimento de algumas doenças já controladas anteriormente.

A CF 2025 Fraternidade e Ecologia Integral deve nos levar a uma verdadeira conversão ecológica,  nas dimensões individual e também comunitária. Nossa ação e intervenção deve fazer o percurso da reconciliação com a natureza de forma otimista mas realista, precisamos escutar a natureza e sentir a natureza, reconectarmos, religarmos com o Sagrado.

Deus Pai, lá no Gênesis, nos pediu que cultivássemos, guardássemos, cuidássemos de todas as suas criaturas e hoje o que vemos é uma destruição do meio ambiente.  Mesmo nossos hábitos pessoais que, com o uso irracional de descartáveis, o consumo excessivo de carne bovina por alguns  e a queima de combustíveis fósseis como petróleo e gás natural, tem aumentado significativamente as emissões de gases de efeito estufa, que só em 2024 foi responsável por ultrapassar a meta de 1,5° na média global, chegando a espantosos  1,55° na temperatura média do planeta.

E, como destaca o Papa Francisco, os maiores afetados e vítimas desta grande catástrofe climática são os mais pobres, são os mais simples e as comunidades periféricas do mundo, inclusive os indígenas, os quilombolas e os caiçaras,  apesar de já possuirem um modo mais harmônico e respeitoso de relação com a natureza.

 Como gesto concreto, ação nossa individual de leigos e leigas, enquanto igreja, é rever nossa forma de consumo, não podemos repetir o modismo das grandes nações industrializadas,  da cultura do descartável e do consumismo exacerbado.

Ao mesmo tempo, nossa diocese de Taubaté é abençoada por uma natureza exuberante, seja na Serra da Mantiqueira ou na Serra do Mar, com a nossa Mata Atlântica e mesmo nas manchas de Cerrado que teimam em resistir nas cidades próximas à rodovia Dutra.

Não temos um planeta B, precisamos cuidar da casa comum, em respeito também às presentes e futuras gerações, inclusive contra a Termoelétrica que quer se instalar em nossa Diocese, na cidade de Caçapava.

Prof. Mestre Ronaldo Rodrigues dos Santos
Biólogo, da Pastoral da Ecologia Integral – PEI da Diocese de Taubaté

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