Francisco e Jacinta são declarados santos em Fátima

O papa Francisco proclamou santos dois pastorinhos, Francisco e Jacinta, que há cem anos, juntamente com sua prima Lúcia, testemunharam a aparição de Nossa Senhora na Cova da Iria, A cerimônia aconteceu na manhã do sábado, 13 de maio, no Santuário de Fátima, em Portugal, e contou com a participação de centenas de milhares de fiéis, vindos de vários países.

Os irmãos Francisco e Jacinta morreram ainda adolescentes, anos depois de terem visto as aparições. Assim, tornam-se os santos mais jovens da Igreja Católica que não morreram em martírio. A canonização de ambos se deu dentro das comemorações pelos 100 anos das aparições de Nossa Senhora de Fátima. Francisco, então com 9, Jacinta ,7, e sua prima Lucia dos Santos, 10, presenciaram as aparições de Maria Imaculada que relatou várias profecias. Lúcia foi a última dos três pastorinhos a morrer, em 2005, com 97 anos. Seu processo de beatificação começou em 2008.

Para que os dois pastorinhos passassem pelo processo de canonização, a Igreja reconheceu dois milagres atribuídos às crianças portuguesas. A primeira aconteceu em 1997, quando Maria Emilia Santos, uma portuguesa, foi inexplicavelmente curada de 22 anos de paraplegia, após convocar os dois irmãos pastorinhos em orações.

O segundo, que abriu a porta para a canonização, ocorreu em 2013, no Brasil. A cura rápida e sem razão aparente de Lucas, de cinco anos, que sofreu um ferimento muito grave na cabeça. Depois de seus pais invocarem os pastorinhos, como contado em Fátima, o menino se recuperou rapidamente sem ficar com sequelas.

O Vaticano aceitou como milagre a cura do menino brasileiro, considerada inexplicável à luz da ciência atual. De acordo com informações publicadas no site oficial do Santuário Nacional de Fátima, o caso ocorreu a 3 de março de 2013, quando o pequeno Lucas caiu de uma janela, de uma altura de quase 7 metros e, três dias depois, recebeu alta, não sendo constatado nenhum dano neurológico ou cognitivo. Segundo a Rádio Vaticano, a criança “estava na casa do avô, brincando com a irmãzinha, quando caiu, por acidente, de uma janela de cerca de sete metros de altura, sofrendo um grave traumatismo crânio encefálico, com a perda de material cerebral”. Depois de transportada “ao hospital em coma, foi operada” e os médicos disseram que, “caso sobrevivesse, viveria em estado vegetativo ou, no máximo, com graves deficiências cognitivas”. No entanto, dias depois uma equipa médica deu um “parecer positivo unânime sobre o caso, como ‘cura inexplicável do ponto de vista científico’”.

Pe. Silvio Dias

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